segunda-feira, 12 de novembro de 2007
Vicks
Este ano, a gripe não tardou a instalar-se-me no corpo. Ainda faz calor mas este pobre rapaz já anda com os olhos esbugalhados, com as amígdalas inflamadas, com as veias das têmporas a rebentar. Parece que levei um soco de um camionista entre as sobrancelhas. Com este estado de espírito, não dá para fazer nada. Ler, escrever, pensar, está tudo fora de questão. Mesmo encontrando-me num estado deprimente, demorei a tomar qualquer coisa. Como de costume, pensei que a coisa desapareceria com os dias. Burrice, claro. Já passaram quarenta e oito horas e a única coisa que desapareceu foi um pequeno sorriso que guardava nos lábios. Hoje, cansado de não conseguir abrir os olhos, decidi fazer uma pequena revista à minha farmácia pessoal. O que encontrei? Vicks em forma de cápsulas líquidas. Nada como uma boa viagem aos EUA para andar com material de primeira nos bolsos. Pelo que o folheto do remédio me ensinou, este Vicks contém Acetaminophen (dores e febre), Dextromethorphan (tosse) e Phenylephrine (congestão nasal). Tudo o que preciso, portanto. Duas vermelhinas já estão no estômago, depois do jantar, mais duas. Antes de dormir, as duas últimas do dia. Amanhã, o mesmo processo. Agora, é esperar.