Ao abrir um livro poeirento na biblioteca, tive de reprimir um espirro. Senti novo espirro a vir, tentei silenciá-lo mas o meu pensamento hesitava: «Não o faças, não não não, faz faz faz, não aguento, não posso, rebento se não espirrar, mas não posso, tanto posso que o faço.» Depois do «atchim», vieram os olhares reprovadores, os narizes torcidos que me lançavam a palavra «epidemia» à cara. Estive para me defender, argumentando que não era grande admirador de livros cobertos de pó, mas não valia a pena.