Depois de em Fontes Pereira de Melo ter pintado um retrato caricatural do duque de Loulé, Maria Filomena Mónica volta a fazê-lo em D. Pedro V:
Loulé iniciara a sua vida como militar, mas jamais se destacara no campo de batalha. Durante a Vila-Francada (1823), acompanhara D. Miguel, de quem depois se viria a separar, tendo-se exilado, em 1828, em Inglaterra. A sua juventude ficara marcada pelo assassinato do pai, em 1824, pelos esbirros de D. Miguel. Uma vez no exílio, optou pelo campo liberal e, dentro deste, pela sua ala esquerda. A seguir ao termo da guerra civil, foi, por várias vezes, ministro, em pastas onde não deixou marca. Aderiu vagamente à «Revolução de Setembro», tendo-se seguido uma década de apagamento, o que lhe valeria uma fama de indolência. Ainda apoiou a Patuleia, mas o gesto esgotou-o.