
Caro leitor, se um dia passar por uma livraria e se sentir tentado a comprar D. Maria - A biografia da rainha que teve a coragem de despedir o Marquês de Pombal, resista. Esta hagiografia não é uma biografia. Não existem dados que permitam reconstituir com clareza a vida e o tempo de D. Maria I. Os dados apresentados por Alexandre Honrado (acredito que seja uma excelente pessoa) ou limitam-se ao básico (àquilo que se pode encontrar numa wikipédia) ou passam para o mundo das generalizações bacocas. Eis algumas das notas que tirei ao longo de meia-hora de leitura deste livro de cerca de 140 páginas:
- Há falta de método;
- O autor pronuncia-se sobre diversas temáticas sem nunca explicar/aprofundar;
- A abordagem é superficial. O que é isto? Era bonita, Maria, mas a mais bela das irmãs era decerto Maria Benedita. E isto? Maria acabará por ter um casamento feliz e enternecido com o seu tio Pedro;
- A escrita é demasiado coloquial (por exemplo, a omnipresença das reticência leva a que qualquer um perca a paciência);
- Várias das questões tratadas são irrelevantes (não vale a pena dizer que o Iluminismo foi isto ou aquilo);
- Passa ao lado da história política, da cultura, da economia, da sociedade, etc.
- Há falta de método;
- O autor pronuncia-se sobre diversas temáticas sem nunca explicar/aprofundar;
- A abordagem é superficial. O que é isto? Era bonita, Maria, mas a mais bela das irmãs era decerto Maria Benedita. E isto? Maria acabará por ter um casamento feliz e enternecido com o seu tio Pedro;
- A escrita é demasiado coloquial (por exemplo, a omnipresença das reticência leva a que qualquer um perca a paciência);
- Várias das questões tratadas são irrelevantes (não vale a pena dizer que o Iluminismo foi isto ou aquilo);
- Passa ao lado da história política, da cultura, da economia, da sociedade, etc.