Oliveira Martins acaba o seu Portugal Contemporâneo de forma brilhante.Não só pela beleza da metáfora como pela acutilância com que espeta a farpa nas costas do «político». Atentemos:
Também os médicos, por via da regra, escondem às famílias a gravidade das doenças: umas vezes não as percebem, outras convém-lhes mentir, para não assustar! Assim estão as classes que nos governam; e até hoje, força é dizer que o povo não descobriu ainda meio de se libertar delas.